terça-feira, 29 de março de 2011

Mudanças...

 
 
 
“Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas, como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo, no mundo...”
(Lulu Santos)

Você fez belos planos para um fim de semana na praia:
O tempo virou e não colaborou. Você teve que ficar em casa.

Você programou aquela viagem de férias:
Duas semanas antes o chefe te pede para mudar a programação e trabalhar naquele projeto importantíssimo.

Você planejou comprar o apartamento dos sonhos até o final do ano:
Só não esperava que aquele aumento de salário prometido não viria.

Quem nunca teve que mudar?

Mudar a rota, mudar de casa, de emprego, de cidade
Mudar uma crença, mudar de opinião
Mudar a forma de pensar, o jeito de agir

Mudanças, mudanças, mudanças
Quem resiste?
Quase todos nós!!

Mais cedo ou mais tarde temos dificuldades frente as mudanças que precisamos enfrentar. Quando nos acostumamos com um caminho, com uma forma de viver, com um hábito diário, entramos em uma espécie de “zona de conforto”.

Por exemplo, você vai para o trabalho todos os dias pelo mesmo caminho. Com o tempo este se torna conhecido e confortável. Você já sabe como percorrer, o que vai encontrar durante o percurso, as ruas que terá que atravessar, os sinais que terá que parar, as esquinas mais movimentadas.

Se em algum dia, por algum motivo, uma parte do caminho é interditada, então você precisa mudar a rota, pegar um caminho mais longo, talvez enfrentar mais trânsito.

Pois é, coisas da vida.
Nem tudo acontece do jeito que queremos ou planejamos, na hora julgamos ser a mais adequada. Simplesmente porque não temos controle sobre todas as coisas.

Nem tudo depende apenas de nós para acontecer.
Muitas vezes dependemos também de decisões ou ações de outras pessoas. E quando falamos no outro, aí não temos mais controle de NADA! Afinal, cada um faz aquilo que quer e não necessariamente aquilo que esperamos que façam!

Se você fizer uma retrospectiva e avaliar suas frustrações ao longo da vida, quantas destas ocorreram porque você criou uma expectativa sobre algo ou alguém e simplesmente não aconteceu como o esperado?

Imprevistos fazem parte da vida, aprender a lidar com eles pode ser difícil mas também surpreendente! Pegar caminhos diferentes do que você está acostumado pode parecer chato e difícil em um primeiro momento. Mas, aqui vai um desafio:

Se permita e resista um pouco mais!
Quem sabe neste novo caminho, você conheça outras pessoas, aprecie novas paisagens, experimente novos sabores, encontre outras formas de ser feliz!

 
“Mude, mas comece devagar, porque direção é mais importante que velocidade”


quinta-feira, 24 de março de 2011

Emagrecimento Saudável e Sustentável

“PERCA 3 KG EM 10 DIAS”
“BARRIGA CHAPADA JÁ”
“DIMINUA ATÉ 5 CM DE CINTURA”


Quem nunca parou para dar uma olhadinha ou ficou curioso para saber a receita ao se deparar com promessas deste tipo? As revistas vendem capas com modelos esculturais,  chamadas que prometem perda rápida de peso, chás, shakes, fórmulas, um verdadeiro arsenal para conquistar o corpo dos sonhos.

Você segue no capricho uma dieta deste tipo, o emagrecimento ocorre. Oba! Funcionou! Mas aí vem a segunda parte da missão, considerada por muitos a mais difícil: Como manter o peso conquistado?

Inicialmente precisamos avaliar a maneira como estamos lidando com idéia de dieta. A palavra facilmente provoca interpretações distorcidas. Mas você sabe o que ela significa?

*Dieta: vocábulo de origem grega, significa estilo de vida. Trata-se de um conjunto de hábitos alimentares de um indivíduo.

Será que você pensa em dieta como um estilo de vida? Ou quando ouve a palavra logo vem na sua mente um cardápio com várias restrições, a ser seguido por um tempo limitado?


Se ficou com a segunda opção, talvez seja hora de resignificar esta idéia e encarar a dieta como um processo contínuo, algo para ser levado para a vida e não para ser praticado apenas em um curto espaço de tempo. Radicalismos não combinam com emagrecimento saudável ou sustentável. Você pode emagrecer rapidamente, mas será que consegue sustentar tantas restrições por toda a vida? O corpo precisa de vários nutrientes para seu funcionamento saudável, se faltam alguns, mais cedo ou mais tarde, seu organismo pedirá por eles.

O alimento é necessário para a sobrevivência, faz parte das interações sociais desde muito cedo, o prazer começa já na amamentação, desde os primeiros dias de vida. Comer é um prazer e não precisa deixar de ser. O problema é quando se torna a única fonte de prazer ou quando a comida é utilizada como uma forma de alívio para a ansiedade e frustrações diante da vida.

A psicoterapia auxiliará no processo de emagrecimento saudável focando na mudança de comportamento alimentar, bem como promovendo suporte emocional para que o paciente encontre novas formas de lidar com suas dificuldades, evitando que tente resolver seus problemas comendo.

Portanto, não é uma dieta milagrosa ou radical, nem um shake, um suco ou um chá. É a mudança de comportamento que fará com que você siga uma dieta equilibrada, alcance seu objetivo e mantenha o peso conquistado!


“Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos” (Eduardo Galeano)

















segunda-feira, 21 de março de 2011

"Quando a boca cala, o corpo fala. Quando a boca fala, o corpo sara."


No processo terapêutico, a fala é o principal instrumento de trabalho. É no diálogo entre paciente e terapeuta que surgem as demandas, questões, possíveis soluções.

Falar pode aliviar dores emocionais. Não falar, pode aumentar a dor psicológica que acumulada durante algum tempo, acaba tantas vezes em dor física.

O texto abaixo circula bastante por aí, talvez você já tenha lido ou recebido por e-mail. Ainda assim, este é um tipo de texto que vez ou outra é bom reler e fazer uma auto análise.

Vamos lá?

"Quando a boca cala, o corpo fala. Quando a boca fala, o corpo sara."
Muitas vezes... O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando a raiva não consegue sair
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
A dor no ombro sinaliza o excesso de fardos e de obrigações.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
E as tuas dores caladas? como elas falam no teu corpo?
Mas, cuidado... Escolha o que falar, com quem falar, onde, quando e como! Crianças é que contam tudo para todos, a qualquer hora, de qualquer forma. Passar relatório é ingenuidade.
Escolha alguém que possa lhe ajudar a organizar as ideias, harmonizar as sensações e recuperar a alegria.
Todos precisam saudavelmente de um ouvinte interessado.
Mas tudo depende, principalmente, do nosso esforço pessoal para fazer acontecer as mudanças na nossa vida!!!

Segundo o Psicólogo Waldemar Magaldi Filho, professor da Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo, ao entrar em contato com seu colorido interior, dispondo-se a abrir e a contar suas experiências, sejam elas boas ou ruins, muito do que foi vivenciado pela pessoa se ilumina.
"Narrando os fatos, percebemos que eles talvez não sejam tão negativos quanto pensávamos, que a raiva que alguém despertou em nós diminuiu, que o trauma que sofremos já não assusta tanto, que nossas vitórias foram mais importantes do que pareciam", explica o especialista. Da mesma maneira, o que a princípio foi visto como algo trágico pode, com o passar do tempo, se revelar uma grande oportunidade de crescimento. "Isso é o que chamamos de re-significar, ou seja, atribuir um novo sentido às coisas", completa.
O ato de falar sobre si mesmo é a base da psicoterapia, mas não é só no consultório que isso traz benefícios. Aliás, o simples fato de compartilhar as próprias idéias com alguém faz um bem danado. "E, se você não tem para quem falar, escreva"...




domingo, 20 de março de 2011

Emagreça Usando a Cabeça!



Perder peso, definir o corpo ou diminuir o percentual de gordura corporal. Seja lá qual for o objetivo, a necessidade é quase sempre a mesma, você sabe: combinação de alimentação equilibrada e prática de atividade física regular. Funciona? Com toda a certeza. Mas, acredite: para alguns pode não ser o suficiente.

Algumas pessoas têm facilidade em manter hábitos saudáveis e não precisam de grande esforço para aceitarem um cardápio enxuto, sem guloseimas ou fast foods. Quando vez ou outra "saem da linha", em pouco tempo são capazes de retomar seus hábitos e logo voltam ao peso ideal.

Já para outros, este processo vai além. Emagrecer ou adotar um estilo de vida mais saudável também está diretamente relacionado à forma como você lida com seus pensamentos. Isso mesmo: se aprender a lidar de um jeito diferente com as coisas que passam na sua cabeça, as chances de emagrecer e se manter magro aumentam muito.

Quer ver só?

Você está fazendo uma reeducação alimentar, tudo caminha bem até o primeiro encontro com aquele bolo de chocolate que você tanto aprecia. E quem entra em ação nesta hora? Nossos pensamentos, que neste momento podem nos ajudar ou atrapalhar muito: "Nossa, esse bolo parece maravilhoso, vou comer um pedaço, afinal eu mereço, me esforcei tanto", "Poxa, hoje tive um dia tão difícil, mereço este bolo" ou então, "Estou tão triste por não ter conseguido terminar meu trabalho, vou comer este bolo, preciso de algo para me animar".

E por aí vai... Surgem os pensamentos sabotadores, todos com justificativas para que ao se deparar com alguma dificuldade você possa se permitir buscar um consolo na comida. E aí mora o perigo, porque se o problema não for fome, a comida não vai ajudar a resolver nenhum outro.

Não se deixar levar pelos pensamentos sabotadores da sua dieta e começar a "pensar magro" exige treino e persistência. O que pensamos, influencia diretamente na maneira como nos sentimos e na forma que iremos nos comportar.
Portanto, se percebe que seu comportamento alimentar está inadequado e tem procurado alívio para seus problemas na comida, busque ajuda.

Para conquistar o peso ou as formas que deseja, cuide do corpo, mas não se esqueça da mente.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sugestão de Leitura...

Recomendo para pais, mães e filhos já crescidos.
"A Auto Estima do seu Filho" é livro muito bacana para entender como a auto estima é desenvolvida, como a sua auto estima pode ter sido desenvolvida e de que maneira os pais influenciaram ou influenciam neste processo.

Abaixo, um trecho do livro de Dorothy Corkille Briggs (Editora Martins Fontes)


O que é a auto-estima? É a maneira pela qual uma pessoa se sente em relação a si mesma. É o juízo geral que faz de si mesma – quanto gosta de sua própria pessoa.

A auto-estima não é uma pretensão ostensiva. É um sentimento calmo de auto-respeito, um sentimento do próprio valor.Quando a sentimos interiormente ficamos satisfeitos em sermos nós mesmos. A pretensão é apenas uma manifestação falsa para encobrir uma auto-estima precária. Quando se tem uma boa auto-estima, não se perde tempo e energia procurando impressionar os outros; já se conhece o próprio valor.

A idéia que seu filho faz de si mesmo influencia a escolha dos amigos, a maneira pela qual se entende com os outros, o tipo de pessoa com quem se casa e a produtividade que terá. Afeta a sua criatividade, integridade, estabilidade e até mesmo a possibilidade de ser um líder, ou um seguidor. Seus sentimentos do seu próprio valor formam a essência de sua personalidade e determinam o uso que fará de suas aptidões e habilidades. Sua atitude para consigo mesmo tem influência direta sobre a maneira pela qual vive todos os aspectos de sua vida. Na verdade, a autoestima é a mola que impulsiona a criança para o êxito ou fracasso como ser humano.

A importância da auto-estima na vida de nossos filhos dificilmente poderá ser exagerada.Todo o pai que se preocupa deve ajudar seu filho a criar uma fé firme e sincera em si mesmo.


Duas necessidades básicas

O auto-respeito sólido baseia-se em duas convicções principais

“Eu posso ser amado”
(“Eu sou importante e tenho valor porque existo.”)

e

“Eu tenho valor”
(“Posso dirigir a mim mesmo, e a meu ambiente, com competência. Sei que tenho alguma coisa a oferecer aos outros.”)


Toda criança, embora completamente diferente das demais, tem as mesmas necessidades psicológicas de se sentir amada e digna. Tais necessidades não desaparecem com a infância. Todos nós as temos, e elas nos acompanham até a nossa morte. A satisfação dessas necessidades é tão importante para o nosso bem-estar emocional quanto o oxigênio o é para a nossa sobrevivência física. Afinal de contas, temos que conviver conosco durante toda a nossa vida. A única pessoa que não podemos evitar, por mais que nos esforcemos, somos nós mesmos. O mesmo acontece com os nossos filhos. Eles convivem consigo mesmos da maneira mais íntima, e o autorespeito é da maior importância para o seu crescimento, bem como para uma vida significativa e compensadora.

A esta altura você poderá dizer: “Mas isso não me diz respeito, porque amo meu filho e acho que ele tem valor.” Um momento, porém. Veja que a receita não diz: “Se você ama seu filho.” Diz: “Se a criança se sente amada.” E há uma grande diferença entre ser amada e sentir-se amada.


 

É o sentimento da criança sobre ser ou não ser amada que afeta a maneira pela qual ela irá se desenvolver.
 

E você? Já avaliou como anda a sua auto estima?
 
 


quinta-feira, 17 de março de 2011

Penso, logo sinto....

Falando sobre Terapia Cognitiva...
O que perturba o ser humano não são os fatos, mas a interpretação que ele faz dos fatos" - Epitetus - Sec. I


A Terapia Cognitiva (TC) é um sistema psicoterapêutico fundamentado no modelo cognitivo, segundo o qual a emoção e o comportamento são determinados pela forma como o indivíduo interpreta o mundo. (Bernard Rangé)
A maneira como pensamos, influencia o modo como nos sentimos e como iremos no comportar. Se tenho bons pensamentos, tenho bons sentimentos.O contrário também ocorre:  pensamentos ruins geram estados de humor ruins.
       O fato é que ninguém tem só uma coisa ou outra, todos nós temos pensamentos bons e ruins. Outro fato: temos pensamentos verdadeiros e falsos. Nem tudo que passa em nossos pensamentos é uma verdade absoluta.  

       Quer ver?
      Tente lembrar de uma situação que preocupou você... por exemplo: um dia que antecedeu uma prova, uma reunião importante, uma apresentação que precisou fazer, um trabalho que teve que entregar.  Talvez no dia anterior você teve insônia,  ficou ansioso, irritado, com medo de algo dar errado. E aí quando se deparou com a situação real percebeu que as coisas não aconteceram bem do jeito que havia imaginado. Tudo funcionou, você fez um bom trabalho, foi bem na prova ou fez uma boa apresentação. Ufa... que alívio!  Neste momento, quem sabe tenha pensado: “sofri tanto sem necessidade”! Ou seja, você caiu na armadilha do pensamento. O mal estar anterior foi gerado por pensamentos ruins a respeito do que estava por vir.

       Se você aceita todos os seus pensamentos negativos como verdades absolutas corre o risco de sofrer sem necessidade.

      Nem sempre conseguimos identificar o que é verdadeiro, o que é fruto de nossa interpretação distorcida da realidade. Um dos objetivos da Terapia Cognitiva é fazer com que o paciente aprenda a identificar e lidar de um modo diferente com seus pensamentos. Não mais aceitando todos como verdade absoluta, mas sim, aprendendo a identificá-los e confrontá-los com evidências reais e concretas. Este exercício cognitivo possibilita melhorias em seu estado emocional e em seu comportamento, afinal, uma coisa influencia a outra, o tempo todo.


       Cuidado com seus pensamentos, eles são o ponto de partida para suas ações”

terça-feira, 15 de março de 2011

Para começar...

Resolvi criar este espaço para compartilhar um pouquinho sobre temas de uma ciência intrigante e apaixonante: a Psicologia.



A ciência que estuda o comportamento humano faz parte da minha vida desde que resolvi entrar na faculdade, em 2001. E lá se vão 10 anos... De lá para cá, muita coisa aconteceu, novas experiências foram vividas, estudos e pesquisas foram feitos e continuamos a evoluir no estudo sobre o PENSAR, SENTIR, AGIR e SER humano.

Enquanto profissionais, já quebramos muitos pré-conceitos mas ainda há muito a ser dito, a ser feito, a ser conhecido. Não é incomum encontramos pessoas que desconhecem o que é terapia, o que faz um psicólogo ou quando procurá-lo. Aproveitarei este canal de comunicação para sempre que possível contribuir com o esclarecimento.

Aproveito este primeiro post para compartilhar um pequeno texto que escrevi há algum tempo:

Gosto de ser ser humano. Isso significa uma porção de coisas: significa bater nas paredes, sair do elevador no andar errado, pegar caminhos errados e nestes, tropeçar, cair e levantar. Significa falar demais, falar de menos, ficar com medo, chorar, gritar, ficar carente, se achar feio, acordar de mau humor, esquecer do horário do dentista, não gostar de algumas visitas.
Mas ser humano também significa acertar, perdoar, saber esquecer, deixar o tempo passar, aproveitar o tempo livre, dançar, cantar, sorrir e saber recomeçar. Ser humano significa amar e saber deixar alguém te amar, saber atuar não só como o personagem principal mas também nos bastidores, enfrentar desafios, conquistar um sonho, correr atrás do que se quer e acreditar com fé.


Eu acredito! Thaís Zanotti