quarta-feira, 2 de julho de 2014

A terapia no processo de emagrecimento

Para perder peso precisamos cuidar da alimentação e praticar atividade física, certo? Sim, mas as vezes ainda é preciso mais. Consultar um profissional da nutrição e um educador físico é uma excelente maneira de começar. Além disso, em muitos casos, a ajuda de um psicólogo também torna-se fundamental na conquista e manutenção dos objetivos.
Tenho visto na prática clínica que as pessoas que buscam emagrecer sabem o que precisam fazer, sabem o que é carboidrato, o que é proteína, como montar um prato saudável, treinam com regularidade, mas em algum momento enfrentam obstáculos de ordem emocional.  Por isso, apenas saber não é o suficiente.  Alguns obstáculos impedem o fazer, como estresse, depressão e ansiedade, que no fim das contas acabam pesando na balança.
Ao buscar ajuda de um psicólogo, há um suporte  para a mudança de comportamento em relação à comida e uma melhor compreensão das próprias emoções e situações que impedem o alcance dos objetivos.Trabalha-se para que fatores emocionais não sejam os responsáveis pela ingestão exagerada de alimentos e/ou opções não adequadas a uma dieta saudável. Afinal de contas, se não for fome, a comida não é capaz de resolver nenhum outro problema.



quinta-feira, 22 de maio de 2014

Autocontrole

O tema é abrangente, já que em muitas situações do dia a dia precisamos dele. No trânsito, no ambiente de trabalho, nas finanças, em nossa alimentação, em momentos de obrigação ou até de lazer. Sim, porque permitir-se todos os prazeres imediatos, sem medir as consequências futuras, tem lá suas desvantagens. O ônus e o bônus caminham lado a lado.

Temos visto uma sociedade cada vez menos tolerante, menos disposta a esperar, mais egoísta e interessada no prazer do aqui e agora. Esta sociedade é a mesma que está cada vez mais doente, vivendo em um estresse constante (o pior para nossa saúde), com altos índices de ansiedade, depressão, obesidade, dependência do álcool ou outras drogas. A falta de controle dos impulsos leva o ser humano a beber demais, comprar demais, comer demais e é claro, na maioria das vezes, adoecer com tantos excessos.

Parece que nunca precisamos tanto exercitar o autocontrole. A boa notícia é que ele é feito músculo, se bem treinado, pode ficar mais forte e resistente. Mas o fato é que a tarefa é mais árdua do que se possa imaginar. Evolutivamente, as áreas do cérebro relacionadas aos desejos e ao prazer, foram as primeiras a se desenvolver e aí quando estamos diante de circunstâncias que exigem autocontrole e resistência travamos uma verdadeira batalha entre os centros responsáveis pelos desejos (sistema límbico) e os que colocam em prática a razão (cortéx pré-frontal). Um lado luta pela satisfação dos desejos e recompensa, o outro pondera para segurar os impulsos visando uma gratificação futura. Somado a isso ainda temos o estresse que parece fazer com que as pessoas olhem apenas para o prazer imediato. Sob pressão, geralmente buscamos desesperadamente um conforto, o que também prejudica nossa capacidade de levar em consideração os resultados negativos da escolha.  

Diante disso, o que podemos fazer? Para começar a exercitar esta habilidade, uma estratégia é pensar nas consequências futuras a cada escolha antes de se entregar a um desejo. Exemplo, você quer muito comprar algo, sabe que não tem dinheiro suficiente e irá adquirir uma dívida considerável.  Antes de ceder a tentação, será útil questionar:

Quais as consequências de ceder ao meu desejo agora?
Como me sentirei depois? Valerá a pena?
Quais as desvantagens da minha escolha? 
Estou preparado para lidar com elas?
Como me sentirei caso resista e não ceda ao impulso?

Utilizando estes questionamentos temos a oportunidade de parar e pensar antes de agir, o que aumentaria nossa resistência em ceder ao impulso, visto que estaríamos não só considerando o prazer do momento mas também as consequências futuras. É claro que isto é um exercício, por vezes resistiremos, outras nem tanto. O importante é não desistir e buscar ajuda profissional caso perceba que seus impulsos te levam a resultados apenas momentaneamente bons mas seguidos de consequências negativas. Acredite, não ceder ao impulso também pode proporcionar satisfação! 


Fonte: Revista Isto É

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Preocupações Produtivas x Improdutivas


As preocupações estão presentes em todos os transtornos de ansiedade e depressão. Trata-se de um hábito adquirido, aprendido desde cedo. Todos em algum momento se preocupam. Mas e você? Sabe se está se preocupando de uma maneira produtiva?  E tem jeito certo até para se preocupar? Saber diferenciar os tipos de preocupação, pode pelo menos nos ensinar a lidar com elas de uma maneira mais saudável. 

Preocupação produtiva: é aquela que o ajuda a resolver problemas e conduz a uma ação que se pode realizar no momento.  Preocupação improdutiva: é aquela que gera uma porção de “E se...” que não conduz a qualquer ação prática concreta.” (Leahy, 2007)

Por exemplo, você sabe que vai viajar para uma cidade que não conhece. É interessante que se preocupe em adquirir um mapa, pesquisar a localização de onde pretende ir, pegar pontos de referência e etc. São preocupações produtivas, baseadas em algo real e concreto. (sei que vou viajar e tenho ações práticas a executar). Já pensamentos como: “E se eu errar o caminho?”, “E se ocorrer um acidente na estrada e me atrasar?” São exemplos de preocupações improdutivas, ou seja, suposições as quais não se tem evidências reais e concretas. Preocupar-se com questões como estas pode gerar uma ansiedade desnecessária, visto que não temos provas de que realmente isso irá ocorrer.

Portanto, fique atento para qual tipo de preocupação você está investindo tempo e energia. Se a preocupação é inevitável, que o nosso sofrimento seja opcional !

 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Fortalecimento Pessoal

Robert Leahy em seu livro “Como Lidar com as Preocupações”  define fortalecimento pessoal como: a capacidade de fazer o que deve ser feito. Estabelecer metas saudáveis para si e seguir um plano de ação. É a habilidade de manter-se no rumo, permanecer na tarefa e não se distrair. É a capacidade de manter as metas diante de si e fazer o que precisa ser feito e não o que se quer fazer. Ser capaz de fazer o que não se quer fazer é uma forma de vencer a procrastinação, a preocupação, a baixa tolerância à frustração, a depressão e a ansiedade

Ao buscarmos  fortalecimento, por vezes precisaremos fazer coisas consideradas desagradáveis, superar o descoforto e a intolerância a frustração para então alcançarmos os resultados esperados. Ou seja, como tudo na vida, o trabalho árduo, virá antes da recompensa.

Suponha que você precisa perder peso. Para isso, precisará estabelecer metas, abrir mão de coisas que gosta (fazer o que precisa e não o que quer) para depois de algum tempo alcançar o resultado desejado.  Tolerar o desconforto faz parte do caminho para chegar onde se quer.

Quando adiamos uma tarefa que não gostamos de fazer, experimentamos uma sensação momentanea de conforto. Em seguida, podemos começar a nos preocupar e cobrar por não ter feito aquilo que inicialmente era uma meta.  Segundo Leahy, precisamos nos tornar bem sucedidos ao nos tornarmos imperfeitos. Não precisamos de perfeição, precisamos de progresso. Se você está firme na dieta mas em um dia resolve comer muito, é muito melhor voltar aos trilhos no dia seguinte do que continuar comendo só porque não foi perfeito em um dia. A imperfeição e nossa tolerância à ela faz parte do processo de fortalecimento pessoal.

Se passarmos pelo desconforto inicial e executarmos a tarefa a sensação posterior será positiva: Eu fiz, eu consegui, eu fui capaz (reforço da auto estima).

Bora praticar?






terça-feira, 13 de maio de 2014

Mens sana in corpore sano

Olá!! Depois de uma longa pausa, cá estou novamente! 
Aos poucos e com muito carinho darei continuidade as atividades neste espaço, para o discutir e pensar sobre as relações e o comportamento humano.

Compartilho um texto escrito pelo Dr. Drauzio Varella, sobre a importância no cuidado de nossa saúde emocional para manter em dia também a saúde física. 


Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro.Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia. 

Se não quiser adoecer - "Confie"
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus. 

Se não quiser adoecer - "Não viva SEMPRE triste!"
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.



E você, tem cuidado de sua saúde emocional? Muita gente foca no externo e esquece do que vem de dentro. Além de atividade física e boa alimentação, terapia também pode ser a solução! :) Mente sã, corpo são!