quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Felicidade Urgente? Não, Felicidade Realista!

Passamos mais tempo correndo atrás da tão sonhada felicidade do que sendo realmente feliz. Mas será que precisa correr tanto?

O que te impede de ser feliz hoje, agora, neste exato momento? Pode ser que você não esteja, mas com certeza já foi. Ontem, em momentos, em dias, minutos ou frações de segundo.
Tudo bem, quem sabe, no momento atual ou naquela segunda-feira cinza, você não esteja em seus melhores dias. Afinal, quem consegue ser feliz o tempo todo?

Aí, exatamente agora, enquanto escrevo, me lembro daquela canção do Barão: "...que você descubra que rir é bom mas que rir de tudo é desespero"

Ok, talvez você já aceitou que não é possível ter dias sempre bons e felizes. Mas já notou como exige de você mesmo, para encontrar a tal felicidade? Seja para ter aquele cargo, aquela viagem, aquele corpo, aquela pessoa ou um momento de plenitude. Será que reconheceria quando é feliz, se não tivesse no meio de tudo isso, um diazinho ruim?

A felicidade pode ser encontrada nas coisas simples, na realidade do dia a dia e não somente naqueles sonhos que tanto queremos realizar! Na corrida em busca, às vezes tão cansados, nem notamos que a felicidade estava ali: no café com um amigo, no abraço do pai, na brincadeira e no sorriso da criança, na “muvuca” dos almoços em família, naquele momento que você deita a cabeça no travesseiro depois de um dia cheio.

E nos dias ruins? Será mais fácil fazer de conta que está tudo bem?
Pode até ser que sim, mas aí, será justo com você mesmo?
Você sabe que tem o direito de ser feliz. Mas tem reconhecido também seu direito não estar feliz? Ou acha que isso não é permitido?

Aceite seus dias ruins, não seja vítima deles, mas deixe-os vir e depois ir embora. Porque nada dura para sempre! Quem sabe ali no finzinho do dia, bem escondido, você não se surpreende com um momento simples e feliz no meio do caos?

Como diz Martha Medeiros (sempre ela!): “Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável(...) A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se”

sábado, 13 de agosto de 2011

"Te vira meu filho!" A importância dos limites e frustrações

Compartilho um texto muito bem escrito por Eliane Brum, sobre a relação pais x filhos. Excelente para reflexão de como estamos apresentando a vida às crianças e jovens da geração atual.


Meu filho, você não merece nada!
A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada
 
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.
 
Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.
Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.
 
Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).

"Acreditar que basta ter filhos para ser um pai é tão absurdo quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser músico." (Mansour Chalita)
 
"É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais." (Coelho Neto)

"Não é bom pai aquele que poupa castigo ao filho que merece." (Sólon)




 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sobre Assertividade....

O silêncio arquiteta planos que não são compartilhados. Quando nada é dito, nada fica combinado.
(Martha Medeiros)



Se parar para pensar, talvez irá se recordar sobre alguns momentos em sua vida onde a escolha foi de não compartilhar seus pensamentos ou sentimentos.

Quem sabe você tenha ficado quieto, “engolido” o choro, ou só dado um sorriso amarelo e deixado passar. Mas, a questão é: será que você já parou para pensar o porque de ter escolhido o silêncio?

É claro que pensar sobre a maneira como iremos expor nossas idéias ou muitas vezes até silenciar, se faz necessário. O problema geralmente aparece quando silenciar vira rotina e na maioria das vezes você se vê “engolindo sapos” ou não tendo coragem de expor seus pensamentos.

Por medo de expor suas idéias ou não ter aprovação do outro tantas pessoas calam acreditando que assim irão impedir conflitos. Ok, silenciar pode até ser uma maneira mais confortável de lidar com algumas pessoas, mas, será que este conforto promoverá alguma mudança na sua relação com ela?
Quando você não fala, não mostra ao outro o que espera dele.

Quando você não fala, dá permissão para que o outro cotinue a agir de uma maneira que te magoa. Quando nada é dito, nada fica combinado, as regras e os limites não ficam claros.

Assertividade é poder dizer o que você pensa e sente, sem desrespeitar o direito do outro, mas fazendo valer o seu!
Vamos praticar?



domingo, 17 de abril de 2011

Procure dentro de você....


"Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo".



Hermann Hesse

terça-feira, 29 de março de 2011

Mudanças...

 
 
 
“Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas, como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo, no mundo...”
(Lulu Santos)

Você fez belos planos para um fim de semana na praia:
O tempo virou e não colaborou. Você teve que ficar em casa.

Você programou aquela viagem de férias:
Duas semanas antes o chefe te pede para mudar a programação e trabalhar naquele projeto importantíssimo.

Você planejou comprar o apartamento dos sonhos até o final do ano:
Só não esperava que aquele aumento de salário prometido não viria.

Quem nunca teve que mudar?

Mudar a rota, mudar de casa, de emprego, de cidade
Mudar uma crença, mudar de opinião
Mudar a forma de pensar, o jeito de agir

Mudanças, mudanças, mudanças
Quem resiste?
Quase todos nós!!

Mais cedo ou mais tarde temos dificuldades frente as mudanças que precisamos enfrentar. Quando nos acostumamos com um caminho, com uma forma de viver, com um hábito diário, entramos em uma espécie de “zona de conforto”.

Por exemplo, você vai para o trabalho todos os dias pelo mesmo caminho. Com o tempo este se torna conhecido e confortável. Você já sabe como percorrer, o que vai encontrar durante o percurso, as ruas que terá que atravessar, os sinais que terá que parar, as esquinas mais movimentadas.

Se em algum dia, por algum motivo, uma parte do caminho é interditada, então você precisa mudar a rota, pegar um caminho mais longo, talvez enfrentar mais trânsito.

Pois é, coisas da vida.
Nem tudo acontece do jeito que queremos ou planejamos, na hora julgamos ser a mais adequada. Simplesmente porque não temos controle sobre todas as coisas.

Nem tudo depende apenas de nós para acontecer.
Muitas vezes dependemos também de decisões ou ações de outras pessoas. E quando falamos no outro, aí não temos mais controle de NADA! Afinal, cada um faz aquilo que quer e não necessariamente aquilo que esperamos que façam!

Se você fizer uma retrospectiva e avaliar suas frustrações ao longo da vida, quantas destas ocorreram porque você criou uma expectativa sobre algo ou alguém e simplesmente não aconteceu como o esperado?

Imprevistos fazem parte da vida, aprender a lidar com eles pode ser difícil mas também surpreendente! Pegar caminhos diferentes do que você está acostumado pode parecer chato e difícil em um primeiro momento. Mas, aqui vai um desafio:

Se permita e resista um pouco mais!
Quem sabe neste novo caminho, você conheça outras pessoas, aprecie novas paisagens, experimente novos sabores, encontre outras formas de ser feliz!

 
“Mude, mas comece devagar, porque direção é mais importante que velocidade”


quinta-feira, 24 de março de 2011

Emagrecimento Saudável e Sustentável

“PERCA 3 KG EM 10 DIAS”
“BARRIGA CHAPADA JÁ”
“DIMINUA ATÉ 5 CM DE CINTURA”


Quem nunca parou para dar uma olhadinha ou ficou curioso para saber a receita ao se deparar com promessas deste tipo? As revistas vendem capas com modelos esculturais,  chamadas que prometem perda rápida de peso, chás, shakes, fórmulas, um verdadeiro arsenal para conquistar o corpo dos sonhos.

Você segue no capricho uma dieta deste tipo, o emagrecimento ocorre. Oba! Funcionou! Mas aí vem a segunda parte da missão, considerada por muitos a mais difícil: Como manter o peso conquistado?

Inicialmente precisamos avaliar a maneira como estamos lidando com idéia de dieta. A palavra facilmente provoca interpretações distorcidas. Mas você sabe o que ela significa?

*Dieta: vocábulo de origem grega, significa estilo de vida. Trata-se de um conjunto de hábitos alimentares de um indivíduo.

Será que você pensa em dieta como um estilo de vida? Ou quando ouve a palavra logo vem na sua mente um cardápio com várias restrições, a ser seguido por um tempo limitado?


Se ficou com a segunda opção, talvez seja hora de resignificar esta idéia e encarar a dieta como um processo contínuo, algo para ser levado para a vida e não para ser praticado apenas em um curto espaço de tempo. Radicalismos não combinam com emagrecimento saudável ou sustentável. Você pode emagrecer rapidamente, mas será que consegue sustentar tantas restrições por toda a vida? O corpo precisa de vários nutrientes para seu funcionamento saudável, se faltam alguns, mais cedo ou mais tarde, seu organismo pedirá por eles.

O alimento é necessário para a sobrevivência, faz parte das interações sociais desde muito cedo, o prazer começa já na amamentação, desde os primeiros dias de vida. Comer é um prazer e não precisa deixar de ser. O problema é quando se torna a única fonte de prazer ou quando a comida é utilizada como uma forma de alívio para a ansiedade e frustrações diante da vida.

A psicoterapia auxiliará no processo de emagrecimento saudável focando na mudança de comportamento alimentar, bem como promovendo suporte emocional para que o paciente encontre novas formas de lidar com suas dificuldades, evitando que tente resolver seus problemas comendo.

Portanto, não é uma dieta milagrosa ou radical, nem um shake, um suco ou um chá. É a mudança de comportamento que fará com que você siga uma dieta equilibrada, alcance seu objetivo e mantenha o peso conquistado!


“Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos” (Eduardo Galeano)

















segunda-feira, 21 de março de 2011

"Quando a boca cala, o corpo fala. Quando a boca fala, o corpo sara."


No processo terapêutico, a fala é o principal instrumento de trabalho. É no diálogo entre paciente e terapeuta que surgem as demandas, questões, possíveis soluções.

Falar pode aliviar dores emocionais. Não falar, pode aumentar a dor psicológica que acumulada durante algum tempo, acaba tantas vezes em dor física.

O texto abaixo circula bastante por aí, talvez você já tenha lido ou recebido por e-mail. Ainda assim, este é um tipo de texto que vez ou outra é bom reler e fazer uma auto análise.

Vamos lá?

"Quando a boca cala, o corpo fala. Quando a boca fala, o corpo sara."
Muitas vezes... O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando a raiva não consegue sair
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
A dor no ombro sinaliza o excesso de fardos e de obrigações.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
E as tuas dores caladas? como elas falam no teu corpo?
Mas, cuidado... Escolha o que falar, com quem falar, onde, quando e como! Crianças é que contam tudo para todos, a qualquer hora, de qualquer forma. Passar relatório é ingenuidade.
Escolha alguém que possa lhe ajudar a organizar as ideias, harmonizar as sensações e recuperar a alegria.
Todos precisam saudavelmente de um ouvinte interessado.
Mas tudo depende, principalmente, do nosso esforço pessoal para fazer acontecer as mudanças na nossa vida!!!

Segundo o Psicólogo Waldemar Magaldi Filho, professor da Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo, ao entrar em contato com seu colorido interior, dispondo-se a abrir e a contar suas experiências, sejam elas boas ou ruins, muito do que foi vivenciado pela pessoa se ilumina.
"Narrando os fatos, percebemos que eles talvez não sejam tão negativos quanto pensávamos, que a raiva que alguém despertou em nós diminuiu, que o trauma que sofremos já não assusta tanto, que nossas vitórias foram mais importantes do que pareciam", explica o especialista. Da mesma maneira, o que a princípio foi visto como algo trágico pode, com o passar do tempo, se revelar uma grande oportunidade de crescimento. "Isso é o que chamamos de re-significar, ou seja, atribuir um novo sentido às coisas", completa.
O ato de falar sobre si mesmo é a base da psicoterapia, mas não é só no consultório que isso traz benefícios. Aliás, o simples fato de compartilhar as próprias idéias com alguém faz um bem danado. "E, se você não tem para quem falar, escreva"...




domingo, 20 de março de 2011

Emagreça Usando a Cabeça!



Perder peso, definir o corpo ou diminuir o percentual de gordura corporal. Seja lá qual for o objetivo, a necessidade é quase sempre a mesma, você sabe: combinação de alimentação equilibrada e prática de atividade física regular. Funciona? Com toda a certeza. Mas, acredite: para alguns pode não ser o suficiente.

Algumas pessoas têm facilidade em manter hábitos saudáveis e não precisam de grande esforço para aceitarem um cardápio enxuto, sem guloseimas ou fast foods. Quando vez ou outra "saem da linha", em pouco tempo são capazes de retomar seus hábitos e logo voltam ao peso ideal.

Já para outros, este processo vai além. Emagrecer ou adotar um estilo de vida mais saudável também está diretamente relacionado à forma como você lida com seus pensamentos. Isso mesmo: se aprender a lidar de um jeito diferente com as coisas que passam na sua cabeça, as chances de emagrecer e se manter magro aumentam muito.

Quer ver só?

Você está fazendo uma reeducação alimentar, tudo caminha bem até o primeiro encontro com aquele bolo de chocolate que você tanto aprecia. E quem entra em ação nesta hora? Nossos pensamentos, que neste momento podem nos ajudar ou atrapalhar muito: "Nossa, esse bolo parece maravilhoso, vou comer um pedaço, afinal eu mereço, me esforcei tanto", "Poxa, hoje tive um dia tão difícil, mereço este bolo" ou então, "Estou tão triste por não ter conseguido terminar meu trabalho, vou comer este bolo, preciso de algo para me animar".

E por aí vai... Surgem os pensamentos sabotadores, todos com justificativas para que ao se deparar com alguma dificuldade você possa se permitir buscar um consolo na comida. E aí mora o perigo, porque se o problema não for fome, a comida não vai ajudar a resolver nenhum outro.

Não se deixar levar pelos pensamentos sabotadores da sua dieta e começar a "pensar magro" exige treino e persistência. O que pensamos, influencia diretamente na maneira como nos sentimos e na forma que iremos nos comportar.
Portanto, se percebe que seu comportamento alimentar está inadequado e tem procurado alívio para seus problemas na comida, busque ajuda.

Para conquistar o peso ou as formas que deseja, cuide do corpo, mas não se esqueça da mente.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sugestão de Leitura...

Recomendo para pais, mães e filhos já crescidos.
"A Auto Estima do seu Filho" é livro muito bacana para entender como a auto estima é desenvolvida, como a sua auto estima pode ter sido desenvolvida e de que maneira os pais influenciaram ou influenciam neste processo.

Abaixo, um trecho do livro de Dorothy Corkille Briggs (Editora Martins Fontes)


O que é a auto-estima? É a maneira pela qual uma pessoa se sente em relação a si mesma. É o juízo geral que faz de si mesma – quanto gosta de sua própria pessoa.

A auto-estima não é uma pretensão ostensiva. É um sentimento calmo de auto-respeito, um sentimento do próprio valor.Quando a sentimos interiormente ficamos satisfeitos em sermos nós mesmos. A pretensão é apenas uma manifestação falsa para encobrir uma auto-estima precária. Quando se tem uma boa auto-estima, não se perde tempo e energia procurando impressionar os outros; já se conhece o próprio valor.

A idéia que seu filho faz de si mesmo influencia a escolha dos amigos, a maneira pela qual se entende com os outros, o tipo de pessoa com quem se casa e a produtividade que terá. Afeta a sua criatividade, integridade, estabilidade e até mesmo a possibilidade de ser um líder, ou um seguidor. Seus sentimentos do seu próprio valor formam a essência de sua personalidade e determinam o uso que fará de suas aptidões e habilidades. Sua atitude para consigo mesmo tem influência direta sobre a maneira pela qual vive todos os aspectos de sua vida. Na verdade, a autoestima é a mola que impulsiona a criança para o êxito ou fracasso como ser humano.

A importância da auto-estima na vida de nossos filhos dificilmente poderá ser exagerada.Todo o pai que se preocupa deve ajudar seu filho a criar uma fé firme e sincera em si mesmo.


Duas necessidades básicas

O auto-respeito sólido baseia-se em duas convicções principais

“Eu posso ser amado”
(“Eu sou importante e tenho valor porque existo.”)

e

“Eu tenho valor”
(“Posso dirigir a mim mesmo, e a meu ambiente, com competência. Sei que tenho alguma coisa a oferecer aos outros.”)


Toda criança, embora completamente diferente das demais, tem as mesmas necessidades psicológicas de se sentir amada e digna. Tais necessidades não desaparecem com a infância. Todos nós as temos, e elas nos acompanham até a nossa morte. A satisfação dessas necessidades é tão importante para o nosso bem-estar emocional quanto o oxigênio o é para a nossa sobrevivência física. Afinal de contas, temos que conviver conosco durante toda a nossa vida. A única pessoa que não podemos evitar, por mais que nos esforcemos, somos nós mesmos. O mesmo acontece com os nossos filhos. Eles convivem consigo mesmos da maneira mais íntima, e o autorespeito é da maior importância para o seu crescimento, bem como para uma vida significativa e compensadora.

A esta altura você poderá dizer: “Mas isso não me diz respeito, porque amo meu filho e acho que ele tem valor.” Um momento, porém. Veja que a receita não diz: “Se você ama seu filho.” Diz: “Se a criança se sente amada.” E há uma grande diferença entre ser amada e sentir-se amada.


 

É o sentimento da criança sobre ser ou não ser amada que afeta a maneira pela qual ela irá se desenvolver.
 

E você? Já avaliou como anda a sua auto estima?
 
 


quinta-feira, 17 de março de 2011

Penso, logo sinto....

Falando sobre Terapia Cognitiva...
O que perturba o ser humano não são os fatos, mas a interpretação que ele faz dos fatos" - Epitetus - Sec. I


A Terapia Cognitiva (TC) é um sistema psicoterapêutico fundamentado no modelo cognitivo, segundo o qual a emoção e o comportamento são determinados pela forma como o indivíduo interpreta o mundo. (Bernard Rangé)
A maneira como pensamos, influencia o modo como nos sentimos e como iremos no comportar. Se tenho bons pensamentos, tenho bons sentimentos.O contrário também ocorre:  pensamentos ruins geram estados de humor ruins.
       O fato é que ninguém tem só uma coisa ou outra, todos nós temos pensamentos bons e ruins. Outro fato: temos pensamentos verdadeiros e falsos. Nem tudo que passa em nossos pensamentos é uma verdade absoluta.  

       Quer ver?
      Tente lembrar de uma situação que preocupou você... por exemplo: um dia que antecedeu uma prova, uma reunião importante, uma apresentação que precisou fazer, um trabalho que teve que entregar.  Talvez no dia anterior você teve insônia,  ficou ansioso, irritado, com medo de algo dar errado. E aí quando se deparou com a situação real percebeu que as coisas não aconteceram bem do jeito que havia imaginado. Tudo funcionou, você fez um bom trabalho, foi bem na prova ou fez uma boa apresentação. Ufa... que alívio!  Neste momento, quem sabe tenha pensado: “sofri tanto sem necessidade”! Ou seja, você caiu na armadilha do pensamento. O mal estar anterior foi gerado por pensamentos ruins a respeito do que estava por vir.

       Se você aceita todos os seus pensamentos negativos como verdades absolutas corre o risco de sofrer sem necessidade.

      Nem sempre conseguimos identificar o que é verdadeiro, o que é fruto de nossa interpretação distorcida da realidade. Um dos objetivos da Terapia Cognitiva é fazer com que o paciente aprenda a identificar e lidar de um modo diferente com seus pensamentos. Não mais aceitando todos como verdade absoluta, mas sim, aprendendo a identificá-los e confrontá-los com evidências reais e concretas. Este exercício cognitivo possibilita melhorias em seu estado emocional e em seu comportamento, afinal, uma coisa influencia a outra, o tempo todo.


       Cuidado com seus pensamentos, eles são o ponto de partida para suas ações”

terça-feira, 15 de março de 2011

Para começar...

Resolvi criar este espaço para compartilhar um pouquinho sobre temas de uma ciência intrigante e apaixonante: a Psicologia.



A ciência que estuda o comportamento humano faz parte da minha vida desde que resolvi entrar na faculdade, em 2001. E lá se vão 10 anos... De lá para cá, muita coisa aconteceu, novas experiências foram vividas, estudos e pesquisas foram feitos e continuamos a evoluir no estudo sobre o PENSAR, SENTIR, AGIR e SER humano.

Enquanto profissionais, já quebramos muitos pré-conceitos mas ainda há muito a ser dito, a ser feito, a ser conhecido. Não é incomum encontramos pessoas que desconhecem o que é terapia, o que faz um psicólogo ou quando procurá-lo. Aproveitarei este canal de comunicação para sempre que possível contribuir com o esclarecimento.

Aproveito este primeiro post para compartilhar um pequeno texto que escrevi há algum tempo:

Gosto de ser ser humano. Isso significa uma porção de coisas: significa bater nas paredes, sair do elevador no andar errado, pegar caminhos errados e nestes, tropeçar, cair e levantar. Significa falar demais, falar de menos, ficar com medo, chorar, gritar, ficar carente, se achar feio, acordar de mau humor, esquecer do horário do dentista, não gostar de algumas visitas.
Mas ser humano também significa acertar, perdoar, saber esquecer, deixar o tempo passar, aproveitar o tempo livre, dançar, cantar, sorrir e saber recomeçar. Ser humano significa amar e saber deixar alguém te amar, saber atuar não só como o personagem principal mas também nos bastidores, enfrentar desafios, conquistar um sonho, correr atrás do que se quer e acreditar com fé.


Eu acredito! Thaís Zanotti